A Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF) realizou 47 operações entre janeiro e outubro deste ano, resultando na apreensão de mais de R$ 2 bilhões em mercadorias irregulares. Os auditores fiscais estão cobrando R$ 847,2 milhões em crédito tributário, valor que não inclui dívidas relacionadas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de importação no Aeroporto de Brasília. Entre os itens recolhidos, destacam-se grandes quantidades de bebidas alcoólicas, como 1,447 milhão de unidades de cervejas em latas e long necks, além de 4,3 mil litros de chope. Bebidas destiladas, incluindo cachaça, conhaque, whisky, rum e gin, somaram 236,3 mil unidades, enquanto energéticos e refrigerantes em lata alcançaram 116,4 mil e 162,5 mil unidades, respectivamente.
O combate à sonegação também abrangeu outros produtos, como 24 mil pares de calçados, 13,1 kg de fumo, 50,3 mil metros cúbicos de madeira, 171 mil kg de frango e 69,3 mil kg de carne bovina. Foram apreendidas ainda 3,1 mil toneladas de grãos, 713,7 mil unidades de óleo de soja, 1,3 milhão de litros de óleo vegetal variado, 473 mil litros de etanol hidratado, 202 mil quilos de produtos alimentícios em geral, 165 mil quilos de confecções, 2.695 botijões de gás GLP, 29,5 toneladas de peixe e 3.470 baterias automotivas. O secretário de Economia, Daniel Izaias de Carvalho, enfatizou que essas ações representam um compromisso com a educação fiscal, visando conscientizar a sociedade sobre a importância dos tributos para a cidadania e o bem-estar social, além de promover justiça aos contribuintes regulares.
Na Operação Fronteira, realizada em parceria com a Receita Federal e outros órgãos, foram apreendidas R$ 134,7 milhões em mercadorias nas rodovias do DF, com juros e multas estimados em R$ 39,2 milhões. Dentre os itens, confecções somaram R$ 40 milhões, e 15 toneladas de açaí avaliadas em R$ 261 mil. O subsecretário da Receita, Clidiomar Pereira Soares, destacou que o objetivo vai além das apreensões, buscando proteger o mercado interno, defender a livre concorrência e promover a sustentabilidade regional.